sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Obra-prima-mulher

Ela que faz de um traço um traçado;
de um lar, um abrigo, ou terraço...
Ela olha, ela pinta, ela brinca,
esconde, aparece e eu acho.
Ela sendo ela, pode fazer o que não faço...
Olha ela!
Ela olha com olhar de esculacho.

Sorri e encanta, e eu conto:
Ela até canta!
Conta eu contar que é encanto o teu canto cantado num conto?

Ela vem, ela vai,
ela fica e não volta mais.
Ela vem e volta,
agrada e revolta.

Ela é inconstante,
às vezes perto, às vezes distante.
E não obstante, é bonita e é feia, é o já e o ainda.
Mas ela, sendo ela, nunca deixa de ser linda.

Ela assim cheia de fases,
inspira todos os rapazes.
Pedreiro, deputado imundo,
polícia, ladrão vagabundo.

Se quer trabalhar, trabalha.
Batalha e ganha miúdo.
Pra poder sustentar com fartura,
um canalha que gasta tudo.

Duvidas que seja divina?
Pois eu não duvido não.
Recebe ainda menina,
o dom da criação.

Pois se até Virgem Maria,
trouxe ao mundo Jesus,
qual mãe se negaria
a dar ao seu filho a luz?

Se tiver um elogio,
use palavra qualquer.
O que vale é homenagear
a obra-prima-mulher!

Um comentário:

Anônimo disse...

hahahaha

Esse final ficou parecendo redação de aluno da 3a série!
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk


Mas tá valendo a rima!